Entre o céu e o inferno
Depois da tempestade.................
Bom, hoje vou falar de mim...
E contar como começou a tempestade.
A historia ainda não tem um fim... mas esse fim está proximo.
E será feliz!
Vivo com meu marido há 5 anos. Em outubro fazemos 6 anos de namoro e 5 de "casamento"... não casamos no papel e sim no coração.
Bom, na verdade eu resolvi morar aqui com ele por causa de estudos... cursinho, faculdade... e blablabla.
Eu estudava e ficava grande parte do tempo fora... então a familia dele que mora aqui até então não me incomodava.
Daí parei de estudar e fui trabalhar... e até então a familia dele nao me incomodava.
Na verdade não é que não incomodavam... incomodavam sim!! Mas eu sempre mantive o botaozinho do phoda-se ligado e simplismente entrava em um ouvido e saía no outro.
Durante 3 meses trabalhei feito uma FDP... ralando feito condenada, saindo de shopping as 2h da manhã tendo que fazer contas e mais contas em uma loja que no final do ano era um inferno de tanto cliente.
Aturando desaforo de gente "pobre" que acha que por estar na frente de um empregado de loja pode trata-lo mal.
De repente, me vi grávida... um sonho que 3 anos antes tinha sido desfeito pelo destino se tornava realidade novamente.
Desconfiei que estava grávida, contei ao Bruno, fomos fazer o exame, e lá estava ele... meu pequeno Miguelito ainda sementinha!
A partir daquele dia minha vida mudou e eu passei a ver determinadas agressões com outros olhos.
Eu não poderia deixar passar tudo o que acontecia na casa do Bruno como sempre fiz... o botaozinho do phoda-se não poderia mais viver ligado...
Agora existia um serzinho que estava ali dentro e que precisava de toda a minha proteção.
Minha cunhada foi a primeira pessoa a saber da gravidez.
Ela se animou com a ideia de ser tia.
Meu sogro foi o ultimo a saber... e só soube porque eu obriguei o Bruno a contar.
Liguei pro homem e disse que o Bruno tinha uma coisa muito importante pra contar pra ele, rss!
Da familia do Bruno, foram os que aceitaram meu Miguelito com carinho desde o inicio.
Com 2 meses de gravidez resolvemos contar pra familia dele.
Eu enjoava muito e seria ridiculo tentar esconder algo que logo, logo se tornaria visivel... pra que adiar??
Contamos ao avô do Bruno... no dia eu faltei o trabalho pra poder contar achando que ele ia ficar feliz ao saber que teria o primeiro bisneto.
Bom, foi minha primeira decepção.... ele disse que o Bruno era muito criança pra ser pai (aos 28 anos, né? Esqueci! Maturidade é so depois dos 97 e olhe lá)
e que não estávamos preparados (eu não estava? fui mãe aos 15 anos mas nao estava preparada pra ser mãe de novo)
Essas foram as palavras dele na minha frente.
Quando chegamos em casa ele com uma cara de bunda deixou notar que alguma coisa estava acontecendo.
A bruxa (mãe do Bruno) veio me perguntar o que estava havendo?
Primeiro disse que ela deveria perguntar a eles... depois pensei melhor, levantei e disse que não estava havendo nada... eu estava grávida e infelizmente ele nao gostou da idéia.
A reação dela foi até normal na hora... ela disse que não tinhamos escolhido a melhor hora pois o Bruno estava terminando a faculdade e que deveriamos ter esperado um pouco mais... ela disse isso e saiu do quarto.
Depois disso, minha vida na casa do Bruno se tornou um inferno.
Quando o Bruno chegou eu escutava ela (a bruxa) e o avô dele gritando aos quatro ventos que só aceitavam com DNA (porque???????).
Eu não pensei muito...
Saí do quarto calmamente e disse... quer dna? Otimo!! Pague por um que eu faço na hora que quiserem. Pode fazer até na hora do parto... quanto mais rapido melhor, mas vejam o resultado perto de mim, pra eu poder ver a cara de tacho de vocês.
Passei a gravidez inteira escutando desaforos desse tipo, escutando a avó do Bruno dizendo que eu tinha um bicho na barriga.
As vezes eu saía de casa de manhazinha e ia trabalhar. E ficava no trabalho até a noite. Eu dobrava turnos no shopping pra poder ficar longe de casa e não passar pro Miguel tanta coisa ruim que eles transmitiam, seja nas palavras, nos olhares, na vibração deles.
Pouco antes do Miguel nascer eu chamei o Bruno e dei um prazo a ele... tinhamos uma data pra sair dessa casa maldita.
Ou ele sairia comigo e viveriamos uma vida mais simples porem muito, mas muito mais feliz e em paz...
Ou eu sairia sozinha e ele que ficasse com eles pastando e engolindo desaforo.
O Miguel nasceu, eles continuaram com a vidinha mediocre deles, ofendendo um ao outro todos os dias... me ofendendo sempre que encontravam uma oportunidade.
Imaginem uma coisa... p**uta é uma palavra carinhosa perto das coisas que ouvi.
A bruxa ameaçou enforcar o Miguel quando ele tinha um mês... eu cheguei a contar isso no blog.
A avó do Bruno, mãe da bruxa, tentando me agredir (fisicamente) acertou o Miguel, que tinha menos de 1 mês e estava dormindo no meu colo.
Isso é atitude de pessoas normais?
Elas escondem tudo o que podem... tudo!
A mãe do Bruno tranca o quarto pra eu não entrar quando ela nao está em casa. Ela diz que sou ladra.
Vejo elas escondendo comida de mim, escondendo os objetos que uso... até a panelinha onde faço as coisinhas do Miguel ja achei escondida embaixo do armario.
Como pessoas se prestam a isso, né?
Quando alguem chega a esse ponto é porque chegou ao cumulo do ridiculo...
Esperei pacientemente até agora, chorei, sofri o pão que o coisinha ruim amassou...
Tive depressão, quase perdi meu marido, fiquei meses e meses longe do meu filhotão, que durante esse tempo está com a minha familia, pois eu jamais deixaria o Willian passar ou ver o que eles fazem, a forma como eles vivem...
O Miguel ainda não entende... e também jamais vai presenciar esse show de horror.
Finalmente, o meu dia está chegando. A luz laaaa no fim do tunel ta começando a brilhar.
Domingo passado arrumei meia-duzia de roupas em uma mala e fui embora.
O Bruno quase na serra de Petropolis me fez voltar com a promessa de que sairemos daqui o mais breve possivel.
Pagaremos nossas contas pendentes e assim que o aniversario do Miguel passar, vou sair desse lugar.
Isso ja estava decidido a muito tempo mas ele agora viu que se não vier comigo vai ficar sozinho.
É chorando que conto isso pra vocês!!
Fui guerreira, lutei por minha felicidade... vi minha vida virar um verdadeiro inferno.
Mas por mim e por meus filhos, isso agora está com data marcada pra terminar.
Tenho orgulho de não ter desistido.
Muita gente pergunta o motivo de eu aceitar tudo isso quieta.
Eu nunca aceitei, apenas soube esperar pacientemente
e agora sairei com a cabeça erguida.
Batalhei muito por isso, acho que eu mereço isso...
Se o Bruno der pra trás, vou sozinha. Ele que se dane.
Não existe amor que resista a tanta humilhação... e não existe amor maior no mundo que o de mãe... e meus filhos vem na frente de qualquer pessoa, até de mim mesma.
E é por eles... que estou chegando lá!
Em breve eu sairei daqui!!
Torçam por mim! Peçam a Deus!! Rezem, Orem... mandem todo pensamento bom que puderem!
Eu estou fazendo a minha parte, estou correndo atrás!!
Não é facil chegar e tentar escrever resumidamente uma parte da vida que nem todo mundo sabe e que chega a dar nojo de ver, de ouvir, de ler.
Porque conheço pessoas que nunca viram a mãe e a avó do Bruno, mas a odeiam profundamente.
Da minha parte, desejo que elas um dia consigam o perdão de Deus...
O meu elas jamais conseguirão... infelizmente não sou capaz de perdoar toda a maldade, todo o horror que passei e passo por causa delas...
Eu não ia contar toda a historia.
Mas não teria tanta graça contar que estou saindo da casa da bruxa
se eu não pudesse mostrar pra todo mundo o porquê dela ser "a bruxa".
Obrigada a todos os meus amigos.
Amo vocês!!
Perdoem pelo tempo tomado, pelas linhas e linhas que digitei...
Tem horas que isso se torna necessário.