Meio ano se passou! Eu sei que isso é repetitivo aqui mas passou tão rápido. Tãao rápido.
Minha filhinha tá fazendo seis meses cheia de vida, cheia de brilho e tão espertinha.
Meio ano e hoje eu venho falar de algo que está sendo tão, mas tão especial pra nós duas: A amamentação! Seis meses só nossos!!!
Gabriela mamou algumas horas depois que nasceu. Pegou meu peito toda timida, no inicio não queria mamar, a enfermeira foi mexendo a boquinha dela até que ela resolveu, se empolgou e logo estava mamando. Mamando muito!
Antes de sair do hospital eu já estava sentindo dor no bico do peito. Saímos do hospital, ja comprei as pomadas porque não queria repetir com a Gabriela o sofrimento de tres meses sentindo dor em um momento que deveria ser tão agradável!
Rachou! Doeu! Nos primeiros dias eu enrolava pra deixar ela pegar o peito. Minha mãe até brigou comigo porque ela abria a boquinha e eu respirava fundo até dar coragem pra deixar ela começar a puxar. Demorava uns segundinhos pra coragem vir. E doia, confesso que doía. Doía muito. Mas eu sempre passava a pomada! E assim como machucou foi melhorando.
Com 1 semana de nascida passei por uma situação muito, muito chata em casa. Passei mal, senti um arrepio, uma dor estranha nas costas e desde aquele dia meu peito nunca mais encheu como antes, ou pelo menos dava a impressão de estar vazio.
Mas saia leite, bastante!
Por conta disso fiquei cismada. Toda hora que ela chorava vinha algum infeliz dizer que ela estava com fome. Choro=fome. Choro=fome??? Onde?
Isso irritava. Me deixava mais nervosa, mais estressada.
E os palpites não paravam: Seu leite tá fraco. Ela precisa de chazinho, essa menina tá com fome.
Uma verdadeira chuva de palpites que caiam na minha cabeça! E nós passávamos por cima de cada um! Danem-se os palpiteiros.
Aí veio o refluxo. Primeiro achamos que podia ser hiperlactação.
A Gabriela não queria mamar direito, ficava irritada quando estava no peito. Parecia travar uma batalha contra a sua fonte de alimento. Ela chorava muito.
(nesse momento apareciam os palpiteiros dizendo que meu leite era fraco)
Fizemos uma ultra e foi diagnosticado o refluxo.
Entramos com a medicação e em alguns dias a batalha diminuia de intensidade. Ela recuava um pouco da linha inimiga e não totalmente 100%, mas mamava um pouco mais tranquila.
Não foi fácil, confesso. Tinha dias que eu chorava... agarrada ao Bruno eu pedia pra ele nunca me deixar comprar uma mamadeira, pra ele nunca deixar eu desistir. E ele me ajudou, sem ele eu não teria conseguido. Ele merece todo o meu agradecimento!!
As meninas do GVA também me ajudaram muito! Anna e meninas, muito obrigada!!!
Por seis meses eu acordei sem me importar com o cansaço (mentira, eu me importava mas acho que meu cansaço é crônico, nasci cansada), sem me importar se era dia, se era noite. A hora que ela pedia leite, ela recebia! Não tinha esse papo de esperar sei lá quantas horas. Livre demanda!
As vezes 5 minutos, as vezes 40 minutos... as vezes uma hora com ela ali, mamando. E eu ali, feliz, vivendo nosso momento "olho no olho".
Por seis meses nossa cumplicidade, nosso momento, foi totalmente exclusivo!
Vencemos juntas todas as dificuldades, todos os preconceitos e eu dei a minha pequena todo o amor em forma de alimento, ali, de dentro de mim.
Saber que alimentei minha filha de forma tão plena, tão sublime, tão singela é motivo de muito orgulho pra mim.
Me orgulho de ter enchido a boca pra falar não todas as vezes que alguem vinha dizer pra eu dar uma mamadeira a ela.
Me orgulho de ter acordado todas as vezes que ela chorou, de ter deixado o cansaço de lado. Eu tenho a vida inteira pra dormir, realmente não me importo de perder algumas horas do meu sono pra minha filha poder mamar!
Hoje começamos uma nova jornada, mais um capitulo da nossa história que começa a ser escrito. Ela vai experimentar os suquinhos, as papinhas. Tudo ao seu tempo. Tudo ao nosso tempo.
Estou muito feliz! Acho que ela também!!!
É isso, seis meses de amamentação exclusiva! Conseguimos!!!!
Obrigada a todos que me apoiaram!! Amo cada um de vocês!
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